Uma jovem de apenas 20 anos caiu da garupa de uma moto aquática e morreu

Piloto de moto aquática pode pegar três anos de prisão, diz delegado

Ele levava jovem que caiu na água e morreu afogada em Paranapanema.
O piloto responde por homicídio culposo, quando não há intenção.

O piloto de uma moto aquática suspeito de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pode ficar até três anos preso se condenado pelo afogamento e morte de uma jovem de 20 anos que estava na garupa do equipamento durante passeio na represa de Jurumirim, em Paranapanema (SP). Em entrevista  nesta terça-feira dia 25, o delegado titular do município, Roberto Theodoro de Olveira, conta que um inquérito já foi instaurado para investigar se o homem possuía habilitação específica para pilotar o veículo na água.

Ainda segundo o delegado, em caso de ausência da licença da Marinha para a pilotagem, as investigações vão apurar também se o dono do veículo teria cedido a moto aquática mesmo sabendo da falta do documento por parte do piloto. "Se o suspeito realmente não possuir a carteira, ele responderá por homicídio culposo e o dono do veículo seria co-autor”, afirma.

O delegado explica ainda que a pena para homicídio culposo é prisão de 1 a 3 anos. "Já ouvimos o homem e estamos ouvindo testemunhas que estavam junto com a vítima. Ainda não sabemos se eles moravam em uma das casas do condomínio onde ocorreu o acidente, se estavam hospedados em uma residência, ou se alugaram uma casa para o fim de semana”, salienta.

Para pilotar uma moto aquática, é necessário ter mais de 18 anos e possuir a carteira de Motonauta (MTA) expedida pela Marinha. O interessado em tirar a habilitação precisa fazer uma prova teórica. Não há prova prática, mas o candidato deve apresentar durante a inscrição um atestado de frequência a um curso prático de moto aquática com duração mínima de três horas, que somente poderá ser fornecido por empresa credenciada na Marinha.

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Entenda o caso
A vítima Tatiane de Oliveira Siebre estava na garupa da moto aquática quando caiu na água, na noite de sábado (22). O passeio era realizado na área de um condomínio fechado às margens da represa de Jurumirim, em Paranapanema

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Uma amiga da vítima conta que apenas o homem que pilotava a moto aquática usava colete salva-vidas. “O pessoal contou que tinha três na moto aquática. Ela estava na ponta. Quando ela caiu, afundou na mesma hora e não foi achado mais o corpo”, conta Franciele Stephany Ribeiro.

O sargento do Corpo de Bombeiros de Avaré  (SP),  Fabiano Crivelli de Avila, explica que as buscas pela jovem duraram três dias: “O trabalho de buscas começou já no sábado, colhendo informações e reiterando os fatos. E no domingo de manhã a equipe já retomou as buscas, com três mergulhadores”, diz.

O corpo da jovem foi encontrado na segunda-feira (24) próximo ao local do acidente e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Avaré e depois de liberado. Ele foi levado para  Sengés  (PR), onde a família da jovem mora.

O condomínio fechado, onde ocorreu o acidente, informou que todos os visitantes recebem instruções sobres os riscos e cuidados que devem ter ao entrar na água.