TEXTO: Muito cuidado com o falso amigo

O texto abaixo, em muitos pontos pode refletir a situação vivida pelo prefeito Paulo “Poio” Novaes. Caso o alcaide esteja mesmo (já???) sendo apunhalado pelas costas, como se comenta nos bastidores da política avareense (a rádio “Língua Preta”) a leitura lhe servirá; mesmo ainda que em parte; como uma luva. Ele começa assim:

“Já que é inevitável ter inimigos, a coisa melhor do mundo é ter um de verdade, que te odeia com lealdade – sem nenhum fingimento.

Ele é capaz de falar mal de você em público sem ter, em momento algum, medo que repitam o que ele disse. E também pode te dar um tiro ou uma facada, mas sem te enganar – sempre numa boa, mesmo que a ameaça seja feita por telefone.

Não é, positivamente, do tipo que diz ‘vou te contar uma coisa, mas não repita, fica só entre nós’. Dele você pode esperar sempre o pior: que impeça que aquele negócio que estava planejando havia anos se realize; que diga a sua esposa que você é um cafajeste, um mulherengo, que você mentiu que ia viajar e partiu pra gandaia; que o dinheiro que você tem em depósito vem do ‘propinoduto’, de uma “canetada amiga”, ou coisas ainda piores. Sabendo do que ele é capaz, você pode sempre se defender, o que é mais fácil do que lidar com a hipocrisia.

Como guerra é guerra, nada que ele faça de ruim poderá surpreender, essa é a vantagem de ter um inimigo leal.

Perigosos mesmo são os pseudo-amigos, aqueles que te tratam bem. Perigoso mesmo é aquele que passou anos construindo a imagem do bom caráter de carteirinha, que até conseguiu um cargo de destaque no governo e pode fazer você ficar a vida inteira na dúvida, sem ter coragem de encarar a verdade: que se trata apenas de um crápula. Ele pode até ficar ao seu lado, como quem não quer nada, ouvindo sua conversa para depois fofocar nos ‘cafés da vida’, ainda enviar para a imprensa documentos internos para comprometê-lo, ou fazer denúncias apócrifas tentando te ferrar, que você nem irá desconfiar.

A tal da imagem ilude muita gente, que durante anos pensa que o personagem (que sonhou toda a vida; por orgulho, vaidade e imensa dose de inveja; ser um maçom e/ou rotariano, como se isso mudasse seu péssimo caráter) é defensor das boas causas, dos fracos e oprimidos, e sempre politicamente correto. Tudo isso faz parte do modelo, claro! Incapaz de encarar uma briga de frente, ele não consegue nem ter inimigos, pois, como ser humano, não passa de uma fraude – e de um covarde.

Está sempre atrás de alguma vantagem – alguma pequena vantagem – e frequentemente comete traições – pequenas traições que dificilmente poderão ser comprovadas.

Suas maldades e falhas de caráter nunca são grandiosas, porque nada nele é grandioso. Suas maldades são pequenas, porque tudo que ele faz é pequeno; pequeno como sua pessoa, como sua alma. Mas, às vezes, se tem que conviver com gente assim – como fazer?

Se for seu caso, não faça nenhum tipo de concessão. Cometa um assassinato, internamente, e esqueça de que ele existe – mas esqueça mesmo. Mas atenção: é importante que ele saiba que você sabe perfeitamente quem ele é.”

Colaboração: Carlos "Cam" Dantas