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Jornal O Avaré - TERMINAL RODOVIÁRIO DE TAQURITUBA ESTÁ FUNCIONANDO EM UM LOCAL IMPROVISADO.
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TERMINAL RODOVIÁRIO DE TAQURITUBA ESTÁ FUNCIONANDO EM UM LOCAL IMPROVISADO.


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8411 Jornal O Avaré 02/10/2013 05:45:24

 

 

TERMINAL RODOVIÁRIO DE TAQUARITUBA EM LOCAL IMPROVISADO.

 

 

A Prefeitura deTaquarituba,  em parceria com uma empresa particular de ônibus da cidade, instalou provisoriamente o terminal rodoviário na garagem da transportadora no centro da cidade. A medida foi tomada até que a rodoviária da cidade tenha condições mínimas de operação. O prédio foi totalmente destruído durante a passagem de um tornado pela cidade no último 22 de setembro.

 

 

Os trabalhos de recuperação do terminal original ainda não começaram. Os destroços ainda continuam no chão. De acordo com o coordenador de engenharia da prefeitura, João Carlos Bortitti, o município deve começar a remoção do entulho nos próximos dias. “A prefeitura já está em contato para contratar alguma empresa para desmontar a estrutura metálica que está lá. Acredito que com a limpeza do local, consigamos transferir novamente, de maneira ainda provisória, os atendimento no mesmo espaço em um prazo de 10 dias. Agora, de uma maneira definitiva, que seria uma nova rodoviária, vai depender de liberação de recursos, embora seja uma obra rápida porque a rodoviária é feita toda em estrutura metálica. Estando com recurso na mão, o prazo máximo para concluir as obras é de 90 dias para funcionar tudo normalmente”, afirma.

 

 

De acordo com o gerente da transportadora, Jorge Mendes, a garagem está sendo usada para embarque e desembarque de usuários das linhas intermunicipal, além das que circulam dentro da cidade. “É provisório até que a prefeitura arrume um lugar bom ou limpar o espaço original. Não dá ficar aqui muito tempo, porque, inclusive aos domingos, no horário da tarde, é muito carro. Talvez não dê nem para acobertar todos os carro e alguns precisem ficar na rua”, comenta.

 

 

Os taxistas que atuavam ao entorno da rodoviária também foram prejudicados com a passagem do tornado. Com a mudança provisória para a garagem, no Centro, o movimento já não é o mesmo. Segundo o Josuel Fernandes de Souza, o ponto fica mais próximo das casas. “A rodoviária é mais distante, por isso, os passageiros desciam dos ônibus e pagavam para levarmos até sua residência. Mas aqui, no já fica no Centro, eles já descem do ônibus e vão embora”, comenta.

 

 

Já o taxista Alípio Valmariano ressalta sobre a falta de estrutura ao entorno da garagem. Ficamos em um ponto ruim. Não tem uma cobertura. Se chove, temos que ficar dentro do carro”, alega.
A catástrofe também prejudicou comerciantes. João Dias Batista, que tem uma lanchonete perto do terminal rodoviário, afirma que o movimento era baseado no trânsito de usuários de ônibus. Desde o dia do tornado, há mais de uma semana, está sem clientes. “Eu trabalho com o meu filho. Estamos lutando”, comenta.

 

 

Casas atingidas


Nas ruas de Taquarituba (SP), o cenário ainda é o da tragédia deixada pelo tornado há mais de uma semana. Para piorar a situação, os últimos dias têm sido de chuva, o que atrapalhou o andamento dos serviços de recuperação e limpeza.

 

 

De acordo com o coordenador de engenharia, a prefeitura ainda tem feito avaliação dos imóveis atingidos pelo fenômeno climático. “Por meio dessas avaliações veremos qual é a maneira que o município pode ajudar todo esse pessoal. Com os materiais que têm sido doados e com alguma parte adquirida pelo próprio município, vamos fazendo a recuperação. Passamos todo o fim de semana trabalhando, correndo atrás disso”, afirma.

 

 

Para que tudo volte a funcionar como antes, os moradores dizem que ainda existe muito trabalho a fazer. O aposentado Benedito Rodrigues da Mota comenta da dificuldade financeira para reconstruir os danos causados na casa dele. “O prejuízo é grande e a gente não tem condições financeiras para cobrir todas as despesas. Eu e a mulher vivemos com um salário mínimo”, desabafa.

 

 

Danos
De acordo com os dados da Defesa Civil, além das duas mortes, o fenômeno climático provocou transtornos a pelo menos 11 mil pessoas. Esse número corresponde a aproximadamente 50% da população do município que tem 23 mil moradores. Os dados abrangem as famílias que tiveram as casas atingidas, além das famílias que sofreram falta de abastecimento de água, energia elétrica e serviços de telefonia devido ao rompimento de cabos e fios.Ainda de acordo com a Defesa Civil, o tornado deixou 64 feridos e 250 enfermos, ou seja, 250 pessoas tiveram alguma alteração no quadro clínico após a catástrofe como alteração de pressão arterial e mal estar.

 

 

Os dados apontam ainda que cinco pessoas estão desabrigadas e outras 300 desalojadas. A prefeitura ainda não tem um balanço sobre o valor dos prejuízos aos moradores das quase 500 casas atingidas pelo vento.

 

 

O prejuízo financeiro calculado até agora, referente aos danos em patrimônio público e em parte da área industrial, já soma aproximadamente R$ 50 milhões. No entanto, de acordo com o prefeito Míderson  Zanello  Milleo, esse valor pode ultrapassar a R$ 100 milhões.

 

 

No setor público, os danos em infraestrutura e patrimônio público - ruas, asfalto danificado, iluminação, destruição no terminal rodoviário e parque - os prejuízos somam R$ 2 milhões. Os reparos nesta área terão custeio do governo estadual.


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