Pronto-socorro lotado faz pacientes esperarem horas para atendimento

Edifício levantado em 98 não recebeu reformas, diz Saúde de Avaré.
Segundo a prefeitura, a nova unidade será entregue no final deste ano.

Funcionários do pronto-socorro (PS) em Avaré (SP) têm demorado para medicar e atender, segundo os pacientes. O movimento é intenso e o atraso tem deixado a população que usa a rede pública irritada. Algumas pessoas ficam esperando horas na fila. O prédio foi construído em 1998 e não teve reformas, segundo a Secretaria de Saúde. No último mês, o local atendeu 13 mil pessoas, segundo a Pasta. De acordo com a prefeitura, o novo prédio será entregue no final do ano, segundo nota enviada na manhã desta quarta-feira (8).

A aposentada Helena Claudete Brida conta que aguardou muito tempo para ser atendida. “Vim para tomar benzetacil por causa das pernas, que eu tenho fibrite, e fiquei duas horas esperando”, diz.

O mecânico industrial Ronaldo Alves relata que até tenta selecionar o horário para não se prejudicar no trabalho, mas sem sucesso. “A gente procura trazer na hora do almoço para não atrapalhar na empresa e infelizmente passamos por isso. Demora muito para medicar e isso atrasa demais.”

Há menos de uma semana, a reportagem daTV TEM foi até o local para cobrir o protesto dos funcionários da unidade, que pediam mais respeito da população e melhores condições de trabalho. Segundo alguns profissionais, a estrutura não é adequada e falta trabalhadores para ajudar na triagem dos pacientes.

Para a moradora Sandra Maria da Silva, alguns médicos não atendem de maneira adequada. “Chego ao pronto-socorro, o cara olha e diz que não tem nada. Se não insistir a gente sai de lá do mesmo jeito que entrou”, fala.

Vanda Corina Nassif, secretária de Saúde no município, explica que os moradores devem recorrer a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) quando as ocorrências forem sérias. “A gente reforça que a população procure as UBSs nos bairros porque, em muitas vezes, o posto oferecerá o atendimento adequado. Nós pedimos para que o PS seja utilizado para os casos mais graves, o que facilitaria o atendimento no local”, completa.