Cerca de 50 professores da rede estadual de educação em Piraju (SP) fizeram uma manifestação na tarde desta quinta-feira (19) em frente à diretoria de ensino na cidade. Segundo eles, 100 educadores, o que representaria mais de 30% da categoria no município estão em greve. Ainda de acordo com os professores, as salas de aulas estão superlotadas e o ato pede reajuste de salários e melhores condições de trabalho.
Alguns alunos participaram da manifestação em apoio aos professores. A estudante Jéssica Martins reclama da falta de estrutura na escola. “Falta material na nossa escola, não temos sala de informática para trabalhos e não temos como estudar.”
Além dos problemas na unidade escolar, faltam os kits escolares para os alunos. “O material ainda não chegou”, conta a estudante Thays Barbosa de Castro.
Ao contrário do que afirmam os professores, a dirigente de ensino de Piraju, Maria Ignez Carlin Furlan, informou que a demanda de alunos tem diminuído e as salas de aulas não estão superlotadas. “Ontem mesmo as salas de ensino médio já receberam em algumas escolas e até o final da semana que vem, todas as unidades de ensino estarão com o kit escolar.”
Secretaria do Estado
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado informou que, apesar de considerar legítimo o direito à manifestação, tem compromisso com a qualidade do ensino. Por isso, orienta que todos os estudantes da rede estadual compareçam normalmente às escolas na próxima segunda-feira (23). Ainda para a secretaria estadual de educação, a decisão de um dos sindicatos de professores, a APEOESP, não representa os mais de 230 mil profissionais da rede.
A secretaria orientou as diretorias de ensino a atender os estudantes e garantir as aulas. Ressaltou ainda que elaborou em conjunto com os servidores um plano de carreira que estabeleceu aumento acumulativo de 45% em quatro anos e piso salarial paulista 26% maior do que o nacional.
No documento, a secretaria informou ainda que os profissionais da educação podem obter o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito e que a exigência do intervalo contratual para temporários é prevista em lei e foi reduzido de 200 para 40 dias.