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Jornal O Avaré - OS CÓRREGOS URBANOS INVISÍVEIS DE AVARÉ E SUAS CONSEQUÊNCIAS
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OS CÓRREGOS URBANOS INVISÍVEIS DE AVARÉ E SUAS CONSEQUÊNCIAS


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11907 Jornal O Avaré 08/11/2017 00:05:26

A rede de drenagem localizada na área urbana de Avaré possui 14 córregos e 80% desses cursos d’água deságuam no Ribeirão Lajeado, que é considerado a principal drenagem dentro do perímetro urbano. É possível dizer que a malha urbana avareense foi estabelecida e desenvolvida entre vales e talvegues.
 
 
Água Branca, Pinheiro Machado, São Luís e Burrinho são hidrônimos dos principais cursos d’água da área urbana, onde atualmente se concentram o centro comercial, financeiro e administrativo da cidade.
 
 
Ao longo do tempo as áreas de várzeas das microbacias hidrográficas, bem como as nascentes desses córregos foram ocupadas, ora por loteamentos ditos “legalizados”, ora por ocupações irregulares e isso teve um desdobramento extremamente negativo, principalmente em dias chuvosos.
 
 
Além da ocupação das áreas de várzeas desses córregos e do aterramento das nascentes, os cursos d’água em si foram parcialmente ou em alguns casos totalmente canalizados e se tornaram invisíveis e isso gerou um grave problema ambiental, pois a descarga d’água em dias chuvosos que antes infiltrava no terreno e lentamente chegava ao lençol freático, passou a confrontar com o alto índice de impermeabilização do solo e através disso chegando com maior velocidade na calha dos cursos d’água.
 
 
Naturalmente cada microbacia hidrográfica tem sua capacidade de vazão, entretanto, com o alto índice de impermeabilização do solo, isso é alterado radicalmente e geram enchentes nos talvegues e a posteriori inundações no terreno, causando inúmeros problemas de cunho social e econômico.
 
 
A problemática das enchentes e inundações em Avaré é como uma doença crônica, ou seja, não é possível resolver em curto prazo, mas é possível apontar algumas medidas mitigadoras estruturais e não estruturais que irão minimizar a aflição da população, principalmente em dias de chuvas severas.
 
 
De uma forma inicial, uma das principais causas de enchentes e inundações são exatamente os resíduos sólidos domésticos, pneus inservíveis, móveis domésticos em desuso, eletrônicos, restos da construção civil que são descartados de maneira incorreta, próximo ou até mesmo nos cursos d’água.
 
 
Em períodos chuvosos esses materiais são rapidamente carregados pela força da água entupindo as bocas de lobo e consequentemente as galerias pluviais centrais da cidade.
 
 
O problema dos resíduos supracitado pode ser minimizado estrategicamente através de medidas não estruturais, tais como, projetos de educação ambiental em escolas, igrejas e centros comunitários para sensibilizar e conscientizar a população a descartar de maneira correta os resíduos sólidos de maneira geral.
 
 
Como qualquer município brasileiro na atual conjuntura política, Avaré passa por crise financeira, porém medidas não estruturais como projetos de educação ambiental, não requerem grandes investimentos financeiros, mas minimamente exigem conhecimento técnico e planejamento financeiro do gestor responsável pelo meio ambiente da cidade.
 
 
Já as medidas estruturais que são necessárias para mitigar os impactos negativos das inundações na região central da cidade, tais como, ampliação da rede de galerias pluviais, renaturalização de alguns trechos dos córregos centrais, criação de unidades de conservação municipal nas cabeceiras dos córregos, fomentar e incentivar a reversão do processo de 100% impermeabilização do quadrilátero central, entre outras medidas, essas sim, necessitam de grandes investimentos financeiros, e como o município não possui tais recursos, existem mecanismos de financiamento como fundos de meio ambiente, como por exemplo, o Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO.
 
 
Mas é preciso ter planejamento e gestão ambiental pública eficiente para elaborar projetos técnicos deste nível e se distanciar do viés extremamente político, onde cargos de alta responsabilidade são alocados por pessoas sem preparo para desenvolver atividades dessa magnitude.
 
 
Grandes cidades ao redor do mundo estão realizando o processo de renaturalização dos rios e córregos urbanos, esse processo procura estabelecer o equilíbrio das condições naturais dos ambientes aquáticos com o ambiente urbanizado, bem como visa à recuperação das áreas recarga do lençol freático.
 
 
Em Avaré é possível realizar a renaturalização de trechos dos córregos Água Branca, Pinheiro Machado, São Luís e Burrinho e torná-los visíveis novamente e com isso melhorar a qualidade ecológica, paisagística e social, bem como minimizar os estragos econômicos que as inundações trazem para o município, basta vontade, conhecimento técnico, planejamento e gestão ambiental eficiente.
 
 
Thiago Augusto de Paula Pepe
Gestor Ambiental e membro titular do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA – Avaré.
 
 
 
Fonte: Jornal Avaré Urgente.


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