GERENTE DE CIDADE.

Avaré precisa urgentemente de um curso destes e de Gerentes de Cidade, para que tenhamos de fato uma boa gestão pública!

Maringá, terceira maior cidade paranaense, foi a primeira prefeitura no país a criar a figura do gerente de cidade. A iniciativa foi do colega o engenheiro civil Ricardo Barros, prefeito de Maringá de 1989 a 1993. Dono de uma construtora, Barros tentou implantar na prefeitura a mesma metodologia de trabalho que tinha em sua empresa. Quem viu o progresso de Maringá sabe bem no que deu esta iniciativa...

Tapurah, no Mato Grosso, tem um gerente para administrar as contas e executar projetos. Conheça Tapurah no Alto Rio Telles Pires.

O gaúcho Marcos Cardoso Alves, de 45 anos, nunca se candidatou a um cargo público, mas é ele quem controla o orçamento anual de R$ 10,5 milhões de Tapurah, município a 400 quilômetros de Cuiabá. Desde dezembro do ano passado, Alves é o gerente da cidade, que tem menos de 19.000 habitantes. Ele fez parte da primeira turma do curso de City Manager da Fundação Prefeito Faria Lima, em 1995. Trabalhou em algumas prefeituras do Estado até ser convidado pelo prefeito para organizar as contas e executar os projetos da prefeitura. Mal se instalou em Tapurah, ele mexeu no grande calo da administração: a estrutura da prefeitura. As secretarias, que eram oito, foram reduzidas a seis. Foi criada uma secretaria geral, encarregada da administração, das finanças, do planejamento e da coordenação geral. Abaixo vêm quatro secretarias setoriais: obras, saúde, educação e ação social. E, por último, uma secretaria de fomento, que une agricultura, indústria, comércio e serviços. A função da secretaria geral é dar respaldo para as setoriais ou afins. A de fomento trabalha para aumentar a receita. Assim, acredita, será possível cortar os custos pela metade e diminuir a burocracia. 

A mudança implementada pelo gerente agradou até mesmo à oposição. A reforma foi aprovada por unanimidade na Câmara. O gerente da Cidade tem planos ambiciosos para a região. Sua ideia é percorrer o caminho inverso das emancipações municipais e propor uma atuação em consórcios regionais. Quer envolver dez municípios vizinhos, num raio de 200 quilômetros, onde vivem 250.000 habitantes. A primeira experiência é na área de atendimento médico, já compartilhado por 14 cidades. Todas investem em especialidades médicas e disponibilizam seus melhores serviços aos vizinhos. A ideia agora é ampliar o modelo para outros setores, como educação, limpeza urbana e agricultura. 

Engenheiro Civil Marcio de Almeida Pernambuco CREA 0600905790

O curso de Gerente de Cidade é o ambiente acadêmico propício para que os técnicos municipais discutam temas da atualidade como sustentabilidade, mobilidade, desenvolvimento econômico, economia criativa e visão de futuro. A necessidade de medir o desempenho municipal e buscar os melhores métodos de gerenciamento implantando boas práticas para as cidades estão entre os objetivos. Alguns pontos do perfil do administrador público municipal que são abordados no curso: Lei de Responsabilidade Fiscal, Contabilidade Pública, Orçamento e Recursos Humanos (contratações, treinamento e planos de carreira). E ainda a importância da disciplina Comunicação e Marketing Público, para vender corretamente os projetos da cidade e atrair bons investimentos, pois a cidade tem que ser competitiva.

O exemplo de Sorocaba.

420 pessoas frequentam atualmente o curso de gerente de cidade, em vários pontos do país, não apenas na Capital, mas em outras cidades, porque a Faap vai onde existe a demanda, entre as quais Jundiaí, Mogi das Cruzes, Arujá, S. José dos Campos, Santana do Parnaíba e Ribeirão Preto. Antes, turmas já foram formadas em Apiaí, Cubatão, Itanhaém, Praia Grande, Jacareí, Porto Feliz, S. José do Rio Preto, São Carlos, Ourinhos e algumas capitais. Mas é de Sorocaba que vem o maior exemplo: 87 alunos, todos funcionários de carreira da prefeitura, frequentam atualmente o curso, em duas turmas. “Sorocaba é uma referência para outras cidades de São Paulo”, afirma Mirshawka.

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