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Jornal O Avaré - Déjà Vu(Já Visto) - Dia do Professor
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Déjà Vu(Já Visto) - Dia do Professor


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3665 Jornal O Avaré 17/10/2014 07:35:51

Déjà Vu (Já Visto)                                                                 

por: Carlos “Cam” Dantas                                                                                                    

e-mail: colunistacarloscam@gmail.com

Mas afinal, o que é Déjà Vu? Pronuncia-se “Deja vi”, um termo da língua francesa que significa “já visto”. Déjà Vu é uma reação psicológica que faz com que o cérebro transmita para o indivíduo que ele já esteve naquele lugar, sem jamais ter ido, ou que conhece alguém, mas que nunca a viu antes.

Déjà Vu é uma sensação que surge ocasionalmente, ocorre quando fazemos, dissemos ou vemos algo que dá a sensação de já ter feito ou visto antes, porém isso nunca ocorreu (porém, no propósito da coluna, ocorreu mesmo – grifo nosso). O Déjà Vu aparece como um “replay” de alguma cena, onde a pessoa tem certeza que já passou por aquele momento, mas, realmente, isso nunca ocorreu (mas, realmente, no propósito da coluna, ocorreu mesmo – grifo nosso).

“Professor é profissão. Educador é missão.”

A frase é do professor Salomão Becker e foi proferida em 15 de Outubro de 1947. Infelizmente, nos dias atuais, em muitas localidades – e situações –, é sumariamente desconsiderada.

Como missão é obrigado a se familiarizar com a maléfica aprovação automática – nome pejorativo do sistema que prevê reprovação só ao final de cada ciclo, não ao final de cada série O corpo da doutrina era para ter sofrido algumas modificações, mas, se estas ocorreram alguém se esqueceu de avisar seu principal protagonista: o professor. O aluno só pode ser reprovado em dois dos nove anos do ensino fundamental; o 5º e o 9º, mas isso dificilmente ocorre. Só fica retido, em última circunstância, pelo excesso de faltas. Mas... se tiver boas notas, por exemplo, nas matérias de ponta como português e matemática, “é recomendado ao professor que lhe abra a cancela e o deixe passar”. Enquanto isso... Parte dos pais e dos professores entende que a má qualidade do ensino público ocorre, principalmente, porque os alunos não repetem. OBS: pelas promessas de campanha do Governador Alckimin, o número de séries restritivas aumentará em 2015 e passará de dois para quatro.

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Como missão, também é obrigado aceitar as atuais medidas de propaganda, como a de encher algumas escolas de computadores, de lousas digitais, sendo que, em muitas delas, não há nenhuma condição de ministrar uma aula aceitável, já que não existem cadeiras para todos os alunos que ficam em salas superlotadas, com paredes sujas e mofadas, portas quebradas, forro caindo e janelas sem vidros, quando ali, até mesmo, faltam giz e livros. Também recebem como imposição de trabalho, a implantação naquela série escolar de apostilas de conteúdo discutível, adquiridas junto às “editoras amigas” a peso de ouro. Contudo, para aperfeiçoar, poderia ser definido o melhor método e o material didático mais adequado, para que todas as escolas seguissem o mesmo padrão básico.

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Como missão ainda é obrigado a conviver com a violência dentro e fora da escola que tomou proporções assustadoras. Os docentes, em especial, reclamam que perderam a autoridade nas aulas. Eles estão acuados e cada vez mais temerosos. As agressões vão dos insultos verbais aos desacatos pessoais e, muitas vezes, à violência física; inclusive danos materiais aos seus veículos já foram registrados. Agora se fala em fobia escolar! Muitos deles têm medo de entrar na sala de aula, pois sabem ser impotentes para enfrentar a agressividade da adolescência dos dias de hoje. A situação é muito grave; professores culpam os pais. Os pais culpam os professores. Professores e pais culpam os diretores. Os diretores culpam as autoridades educacionais, seus imediatos superiores hierárquicos e assim fica um longo jogo de empurra-empurra, sem fim. Resumindo: os mestres só querem autonomia e... respeito.

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E quando se chega ao “Professor é profissão” (defendido por Becker), o “caldo engrossa”, eis que fatalmente vem à tona sua [irrisória] remuneração pelo cargo que exerce. O professor precisa ser mais valorizado. Com o que se paga hoje em dia, não dá pra selecionar profissionais melhores, nem reconhecer merecidamente aqueles que já se destacam e que precisam de bicos para completar a renda do mês. Sem dúvida é preciso avançar num piso de salários para professores de modo a atrair vocações mais qualificadas e, tão importante, promovê-las na carreira. Uma reforma – a salarial – não pode vir sem a outra, a da promoção – por mérito –, incluindo bônus variável – por desempenho –, ou as verbas adicionais serão um desperdício, Elevar a remuneração de professores do ensino básico, atrair uma nova geração docente e engajar a antiga na reforma é tarefa árdua, mas necessária. E... urgente!

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Agora a esperança recai sobre o Plano Nacional de Educação, o PNE, aprovado pelo Congresso em Junho último, cuja meta é implantar um plano de expansão de tudo, em todos os níveis de ensino, em termos de matrículas, extensão do dia letivo, salários, qualificação de professores e financiamento. As metas estabelecidas devem ser cumpridas em prazos que expiram de 2016 a 2024. Estamos na torcida por um pleno êxito. Por estas e outras é que a realidade apontou: não havia muito que comemorar neste dia 15 de Outubro. Também não se reuniram em face do recesso escolar referente à semana do “saco cheio” [huumm!]. Em todo o caso, são uns vencedores; apesar das dificuldades. Parabéns a todos os professores.

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Esse filme você [professor] já viu antes. E os fatos, sempre os mesmos, ocorrem desde há muito tempo. Para fortificar a essência da coluna, abaixo transcrevemos o texto de Carlos Cam publicado no Jornal do Ogunhê de 15 de Outubro de 2007 e republicado no site da ADERJ em 2009. Confirme se aqui não fica caracterizado um autêntico Déjà Vu Tupiniquim! Então vamos lá, ás reminiscências, com a opinião:

“Avaré festeja o Dia do Professor”

Começa assim: As escolas avareenses estão em festa. Cada uma, à sua maneira, lembrou esta data maior: o Dia do Professor. Do almoço de confraternização na própria escola passando para o dia “leve e solto” dos educadores na Colônia de Férias da AFPESP, às margens da Represa Jurumirim (com direito à caminhada pela praia, almoço especial, piscina e sauna para relaxar e esquecer algum dissabor em sala de aula), cada unidade de ensino fez sua particular comemoração.

No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro. Nesta data de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Contudo, foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.

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Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho".

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase "Professor é profissão. Educador é missão".

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

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Mas pensando bem, a classe de educadores no país, salvo raríssimas exceções, não têm muito que comemorar.

A “coisa” vai de mal a pior. Nada mais indicativo da péssima fase do ensino, que a faixa erguida numa dessas manifestações reivindicativas e de protestos dos injustiçados educadores recentemente no Rio de Janeiro: “Hei de vencer, mesmo sendo professor”. Muitos não gostaram, disseram que era grosseria, que afundava ainda mais o conceito já desgastado dos professores. Mas que a expressão é forte e reflete fielmente o clima de insegurança e incertezas vivido pela classe de educadores, isso reflete! Você há de convir!

Os professores são constantemente acusados de culpa pela atual crise do ensino. Mas o que fazer se nossos governantes os obrigaram a engolir “goela abaixo” o maléfico processo do tal “Ensino Continuado”, uma frágil corrente que sempre vai estourar lá na frente, no último elo desse ciclo.

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Há vários anos, desde 1998 - governo Mário Covas, os alunos do ensino fundamental são praticamente empurrados para as séries seguintes, com a tal aprovação automática, chegando ao ensino médio sem condições de acompanhar o currículo. Por aí, vai! Ah! E quando finalmente “chegam” à faculdade!?! É aí que essa geração do sistema “progressão continuada” é obrigada a demonstrar toda a sua má formação escolar. E o que fazer com alunos tão desqualificados para o mercado de trabalho? O ENADE é o termômetro deste calamitoso e infeliz processo, eis que tem como objetivo avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional; e o nível de atualização daqueles avaliados não tem sido nada bom, de modo geral.

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Devido aos argumentos que aqui se apresenta, por questão de justiça, esse não é problema que deva ser creditado exclusivamente ao professor, nem culpar também apenas o aluno. A verdade é a que deveríamos sim, atribuir esta deficiência aos políticos que só enxergam o próprio interesse. O nosso sistema educacional, se hoje está falido, foi pela negligência dos homens públicos. Que vergonha!

As constantes mudanças nos currículos escolares ocorrem em gabinetes, através de normas radicais ditadas sem que sejam ouvidas as principais peças do método a ser implantado: os professores e especialistas da área.

Segundo esses pseudos entendidos, os de terno e gravata e... secretárias pernudas, cada um aprende do seu jeito e em seu ritmo. A escola, em vez de ensinar, deve pôr tudo diante do aluno para que este descubra sozinho. O resultado aí está! Não podia ser pior.

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Como diante de fatos não existem argumentos, os governantes tentam justificar (como se houvesse alguma justificativa plausível) afirmando que “se a escola brasileira não sabe ensinar, isto é histórico”. Claramente estão sofismando. O analfabetismo no Brasil é histórico sim, mas sua origem mudou de lugar. Antes o analfabeto era alguém que não tinha passado pelo sistema escolar. Hoje o analfabeto brasileiro é aquele aluno que passou anos em sala de aula e não se alfabetizou, os ditos analfabetos funcionais; leem, mas não compreendem.

As universidades públicas (Avaré ainda vai ter a sua para atender toda a região sudoeste do estado conforme promessa feita em 2006, pelo Deputado Antonio Salim Curiati, em matéria divulgada pelo Jornal Diário da Terra na ocasião) devem concentrar-se em formar, dentre outros cursos ofertados, professores eficientes, dotados de recursos para ensinar o que as crianças e jovens necessitam saber: redigir, ler e entender textos básicos; compreender e executar operações matemáticas fundamentais; observar, formular e testar hipóteses sobre a realidade; conhecer e desfrutar bens culturais. Trata-se de uma emergência.

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Ainda falta também garantir melhores condições de trabalho. Isso significa escolas mais seguras e mais bem equipadas, além do aprimoramento constante de quem trabalha lá. É nessa direção que o Estado tem de investir, para poder cobrar aulas melhores dos professores. Mas um dia a situação há de mudar; então os mestres serão realmente reconhecidos e... devidamente valorizados. A Aderj (www.aderjurumirim.org) se solidariza com, hoje, infelizmente, tão desvalorizada classe (literalmente) a qual, apesar de submetida a tantos infortúnios, sofrimentos funcionais e humilhações governamentais, e muitas vezes, mesmo contrariada, procura exercer com dignidade e galhardia esse verdadeiro sacerdócio que é o dom de educar. (Carlos “Cam” Dantas – Depto. Comunicação Aderj).


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