Déjà Vu Ed. 14/03

– Na Tribuna, em 17/11, “Barreto do Mercado” disse que “a inércia da Secretaria de Obras e Serviços, sob a responsabilidade do Secretário Paulo Cicconi, não tem contribuído com o governo, visto que não atende aos pedidos a ele feitos”;

– Também em 17/11 o vereador “Estati do Bar”-DEM, filosofou: “Em dois anos, foram poucas as conquistas e muitas as promessas do governo Paulo Novaes Filho. Os secretários também devem ser responsabilizados, pois, na minha visão, deixam a desejar e ainda comprometem o Prefeito, por não se darem ao trabalho de resolver questões simples e básicas”.

– Na Sessão Camarária de 24/11/2014, o vereador Denílson Ziroldo fez um pronunciamento contundente, bastante ácido e com endereço certo. Valendo-se de trocadilhos, sugeriu para que o Prefeito Paulo Novaes Filho tirasse férias, deixando o seu vice Aparecido “Gato” assumir a Prefeitura, aconselhando: “se o senhor está cansado tire uns seis, sete ou oito meses de férias e deixe o “gato” assumir que ele poderia exterminar os possíveis “ratos” do governo que estão se formando nesta administração”, disparou.

– Já na reunião do Legislativo de 1º de dezembro de 2014 a vez de criticar abertamente os Secretários coube ao vereador Antonio Leite - PV, que tentou ser bem prático e objetivo aconselhando o Prefeito Paulo Novaes para que “acordasse os homens” (secretários de governo), que em sua opinião precisam levar um chacoalhão, mostrando “no quadrado” (no telão) várias situações que denigrem a imagem da atual administração.

Segundo um atento observador, “neste caso específico – reforma do Secretariado –, como o Legislativo tornou-se a Voz do Povo que representa, então o Prefeito Poio, eleito pelo voto democrático da maioria, não tem o direito de se fazer de surdo”.

Assim posto, vamos ao nosso “Déjà Vu Tupiniquim” com a matéria elaborada por Carlos “Cam” Dantas (publicado no Jornal Diário da Terra de 02/08/2003) cujo título foi: “O estouro da boiada do curral político Avareense”. Começa assim:“Abrir a porteira é uma arte”. Mesmo aquele que sonhava ser o dono do curral por oito longos anos não podia escancarar tudo de uma vez, como então fez, assim que viu seu sonho concretizado. A boiada ocupou o espaço com tamanha vontade que não se conseguiu fechá-la de novo. Metade do rebanho ficou de um lado e metade do outro. É o caso da atual administração em Avaré. Para finalmente vencer as eleições municipais após duas tentativas anteriores (foi derrotado nas urnas por Miguel Paulucci e Joselyr Silvestre), Wagner Bruno fez uma costura política nunca vista, a qual virou, na prática, um emaranhado só, agradando uns, desagradando outros, mas todos querendo tirar uma “casquinha”. O PT, que ocupa os principais cargos, pensa mandar em tudo. Também PSDB, o PMDB, e outras siglas partidárias mais. Quem entrou no curral pode “mamar na teta da vaca”. Quem não conseguiu entrar quer “chutar o balde”, de qualquer jeito. “Vai ser difícil segurar a boiada”, já era previsto.

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Diuturnamente surge uma denúncia de irregularidade e a “coisa” se avoluma. Culpa do Prefeito Wagner Bruno? Em termos sim e vamos explicar. Primeiramente não acreditarmos que o Prefeito tenha pessoalmente participado de qualquer “maracutaia”, face à sua ilibada (e comprovada) reputação, honradez e caráter. Mas como teve que “engolir goela abaixo” alguns nomes que integram o primeiro escalão de seu governo, em razão da salada partidária - ideológica da qual aceitou participar para chegar ao poder, nesse ponto tem sua dose de culpa. Wagner Bruno ficou refém desse pessoal, eles sim os grandes responsáveis pela “Casa da Mãe Joana” que virou a Prefeitura. Também tem certa culpa por não ter realizado um “rapa” quando das primeiras denúncias feitas pelo então consultor jurídico do município Dr. Luiz Carlos Dalcim, mudando todo o seu secretariado e ocupantes de cargo de confiança envolvidos: comunicação, compras e licitação, principalmente. Mas daí todos agora querendo jogar-lhe o pesado fardo para que carregue sozinho, tem uma grande diferença. Querem culpá-lo a qualquer custo. Até os “amigos”! E nesse particular o chefe do setor de licitações da Prefeitura foi mais longe: recorreu a Justiça. Joaquim Carlos da Silva Vicentini impetrou mandado de segurança com pedido de liminar, visando o cancelamento do relatório elaborado pela CEI - Comissão Especial de Inquérito, que investigou as compras supostamente irregulares de medicamentos, de um caminhão, a licitação para obras de contenção de enchentes e outras “cozitas más”. Vicentini alega que a relatora de CEI, Rosangela Paulucci, creditou de forma errada as irregularidades apuradas com sendo oriundas do setor de licitações. Ele culpa diretamente o setor de compras e o Prefeito Wagner Bruno por ser o ordenador de despesas, bem como acusa o alcaide de ter tido conhecimento prévio das irregularidades, principalmente das compras superfaturadas dos medicamentos, e nada fez; acusação esta de acordo com o depoimento do outro acusado, o chefe do departamento de compras Cláudio Athanázio dado à comissão de investigação. Resumindo: “está tirando o dele da reta”. E todos terão esse mesmo procedimento, deixando o Prefeito nessa fria; tudo é só questão de tempo. “Daqui pra frente cada um faz o que quer nesse rebanho”.