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Jornal O Avaré - Avaré festeja o Dia do Professor
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Avaré festeja o Dia do Professor


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3535 Jornal O Avaré 15/10/2013 11:02:02

Urra... Urra... Urra!!! Iupi... Iupi... Iupi!!! É o mestre! É o mestre! “Nós amamos vocês!” “Nosso professor, nosso orgulho!” E dá-lhes faixa com dizeres alusivos à data e a enaltecer o educador.

 

As escolas avareenses estão em festa. Cada uma, à sua maneira, lembrou esta data maior: o Dia do Professor. Do almoço de confraternização na própria escola passando para o dia “leve e solto” dos educadores na Colônia de Férias da AFPESP, às margens da Represa Jurumirim com direito à caminhada pela praia, almoço especial, piscina e sauna para relaxar e esquecer algum dissabor em sala de aula, cada unidade de ensino fez sua particular comemoração.

 

No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro. Nesta data de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Contudo, foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.

 

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho".

 

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase "Professor é profissão. Educador é missão".

 

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

 

Mas pensando bem, a classe de educadores no país, salvo raríssimas exceções, não têm muito que comemorar.

 

A “coisa” vai de mal a pior. Nada mais indicativo da péssima fase do ensino, que a faixa erguida numa dessas passeatas reivindicativas de protestos dos injustiçados educadores recentemente no Rio de Janeiro: “Hei de vencer, mesmo sendo professor”. Muitos não gostaram, disseram que era grosseria, que afundava ainda mais o conceito já desgastado dos professores. Mas que a expressão é forte e reflete fielmente o clima de insegurança e incertezas vivido pela classe de educadores, isso reflete! Você há de convir!

 

Os professores são constantemente acusados de culpa pela atual crise do ensino. Mas o que fazer se nossos governantes os obrigaram a engolir “goela abaixo” o maléfico processo do tal “Ensino Continuado”, uma frágil corrente que sempre vai estourar lá na frente, no último elo desse ciclo.

 

Há anos os alunos do ensino fundamental são praticamente empurrados para as séries seguintes, com a tal aprovação automática, chegando ao ensino médio sem condições de acompanhar o currículo. Por aí, vai! Ah! E quando “chegam” então à faculdade!?! É aí que essa geração do sistema “progressão continuada” é obrigada a demonstrar toda a sua má formação escolar. E o que fazer com alunos tão desqualificados para o mercado de trabalho? O ENADE é o termômetro deste calamitoso e infeliz processo, eis que tem como objetivo avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização daqueles avaliados não tem sido nada bom, de modo geral.

 

Devido aos argumentos que aqui se apresenta, por questão de justiça, esse não é problema que deva ser creditado exclusivamente ao professor, nem culpar também apenas o aluno. A verdade é a que deveríamos sim, atribuir esta deficiência aos políticos que só enxergam o próprio interesse. O nosso sistema educacional, se hoje está falido, foi pela negligência dos homens públicos. Que vergonha!

 

As constantes mudanças nos currículos escolares dão-se em gabinetes, pelas normas radicais ditadas sem que sejam ouvidos as principais peças do método à ser implantado: os professores e especialistas da área.

 

Segundo esses pseudo entendidos, os de terno e gravata e... secretárias pernudas, cada um aprende do seu jeito e em seu ritmo. A escola, em vez de ensinar, deve pôr tudo diante do aluno para que este descubra sozinho. O resultado aí está! Não podia ser pior.

 

Como diante dos fatos não existem argumentos, os governantes tentam justificar (como se houvesse alguma justificativa plausível) “afirmando que se a escola brasileira não sabe ensinar, isto é histórico”. Claramente estão sofismando. O analfabetismo no Brasil é histórico sim, mas sua origem mudou de lugar. Antes o analfabeto era alguém que não tinha passado pelo sistema escolar. Hoje o analfabeto brasileiro é aquele aluno que passou anos em sala de aula e não se alfabetizou, os ditos analfabetos funcionais; leem, mas não compreendem.

 

As universidades públicas (Avaré ainda vai ter a sua para atender toda a região sudoeste do estado, segundo promessa feita em 2008 pelo Deputado Antonio Salim Curiati, em matéria divulgada pelo Jornal Diário da Terra na ocasião) devem concentrar-se em formar, dentre outros cursos ofertados, professores eficientes, dotados de recursos para ensinar o que as crianças e jovens necessitam saber: redigir, ler e entender textos básicos; compreender e executar operações matemáticas fundamentais; observar, formular e testar hipóteses sobre a realidade; conhecer e desfrutar bens culturais. Trata-se de uma emergência.

 

Ainda falta também garantir melhores condições de trabalho. Isso significa escolas mais seguras e mais bem equipadas, além do aprimoramento constante de quem trabalha lá. É nessa direção que o Estado tem de investir, para poder cobrar aulas melhores dos professores. Mas um dia a situação há de mudar, então os mestres serão realmente reconhecidos e... devidamente valorizados. A Aderj (www.aderjurumirim.org) se solidariza com, hoje, infelizmente, tão desvalorizada classe (literalmente) a qual, apesar de submetida a tantos infortúnios, sofrimentos funcionais e humilhações governamentais, e muitas vezes, mesmo contrariada, procura exercer com dignidade e galhardia esse verdadeiro sacerdócio que é o dom de educar.

 

Carlos “Cam” Dantas – Depto. Comunicação Aderj


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