'Corri com medo de mais explosões', diz vítima de mercado que explodiu

Impacto causou destruição no setor de padaria de comércio em Avaré (SP).
Funcionária conta que 'não deu tempo de nada'; outros seis ficaram feridos.

A balconista Simone Cristina, de 29 anos, que ficou ferida com a explosão em um supermercado em Avaré (SP) na segunda-feira (3), conta ter vivido momentos de pânico após o estrondo: “Corri com medo de mais explosões. Lembro da gente no atendimento e houve um estralo, fui ver o que estava acontecendo. O padeiro estava assustado, falou que a válvula do gás tinha estourado ou algo assim. Fui chamar alguém e neste momento aconteceu a explosão. Não deu tempo de nada”, relembra.

A funcionária é uma das sete pessoas que tiveram ferimentos durante explosão no setor de padaria do supermercado, que fica no Jardim Europa. Simone foi atingida no rosto e nas mãos por estilhaços de vidro. “Foi uma ‘muvuca’, todo mundo saiu correndo. Eu fui jogada e sai correndo do mercado, depois me ajudaram porque saía muito sangue. Estou viva, o que é mais importante.”

Além de Simone, entre os feridos há três mulheres, de 50, 38 e 22 anos e três homens, de 36, 44 e 32 anos. Quatro pessoas se machucaram ao serem atingidos por estilhaços de vidro e três foram encaminhadas à unidade hospitalar com queimaduras. Ninguém corre riscos de morte.

O homem de 36 anos, um padeiro contratado pelo supermercado, é o único internado até a noite desta terça-feira (4) com queimaduras de segundo grau em 10% do corpo, afirmam os médicos da Santa Casa da cidade. O homem aguarda vaga em um centro de referência para queimados.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a suspeita é que tenha ocorrido vazamento de gás de uma tubulação interna. Peritos recolheram peças do sistema de gás, um deles danificado, para exames. A Polícia Civil abriu boletim de ocorrência de lesão corporal culposa, quando não há intenção.

O delegado responsável pelo caso, Osmar Filho, pedirá as imagens de segurança do local e vai ouvir todos os envolvidos no acidente nos próximos dias. “O processo criminal vai depender também de representação da vítima, isto é, os feridos necessariamente têm que continuar com o processo na polícia”, conclui.